Muito tem se falado sobre o amor incondicional, mas como compreender o que seria esse tipo de amor se ainda estamos totalmente mergulhados no amor condicional?
Para efeito de entendimento, muitos costumam comparar o amor dos pais por seus filhos para exemplificar o que seria o amor incondicional. Mas, se analisarmos profundamente, ainda o amor entre pais e filhos não é incondicional.
E por que não é incondicional?
Porque os pais (em sua esmagadora maioria) mimam os seus filhos dando a eles o que querem como forma de não desagradá-los, pois morrem de medo de perderem o amor e a admiração de seus filhos. Afinal, todos querem ser vistos como (e sentirem que são) bons pais!
Então, como podemos entender o tal do amor incondicional?
Será que é o que temos por nós mesmos? Muito pouco provável. É só você parar para analisar os vícios que você tem. Se te fizessem bem, você não se sentiria tão culpado(a) em não conseguir se livrar dele. Logo, você não se ama o suficiente.
Será que é o amor que temos por Deus? Nem de perto. Tememos mais a Deus do que o amamos. Nos esforçamos em agradá-lo o tempo todo, por isso nos punimos consciente ou inconscientemente por nossas falhas, pois morremos de medo em despertar a sua ira sobre nós.
Mas que raios então será esse tal de amor incondicional?
Realmente é difícil entender algo que não vivenciamos. Nós, seres humanos, ainda estamos distantes desse amor que transcende.
Queremos o(a) parceiro(a) só para nós. “Ele(a) precisará preencher minhas vontades se quiser ficar comigo”. Queremos dar amor apenas para quem nos ama. “Se não me ama, não vou te tratar bem”. Só sabemos viver o amor vulgarizado, o amor possessivo, o amor tolo, o amor de permuta… “Você me dá amor, eu te dou também”. É assim que a maioria de nós funciona ainda.
E não tem como desenvolver esse tal de amor incondicional?
O amor incondicional é algo que simplesmente é. Não quer provar nada a ninguém. Não quer elogios ou espera retribuição. Não exige presença e muito menos reciprocidade. É por isso que é incondicional! 
Não importa o que o outro seja, faça ou como me trate, eu continuarei sendo o mesmo para ele, ainda manterei o mesmo sorriso no rosto e os braços estendidos em generosidade. Não importa o que me façam, eu ainda estarei irradiando e sendo amor.
Amor não é só SIM, é também NÃO. Amor não é só EU, é também VOCÊ. Amor que quer bem até mesmo quem não nos quer bem. Amor que não julga se merece ou não merece. Amor que só pode partir de mim. Amor que respeita as diferenças, que não busca colonizar ninguém. Amor sincero. Amor genuíno.
Estamos sendo treinados a todo momento para desenvolver esse amor! Os testes vêm aos montes para nos testar, mas quanto de nós entendemos isso?
Nessa época de forte intolerância, é onde mais podemos nos colocar à prova. Pratique isso! A prática te libertará do amor condicionado/aprisionado e te libertará para o amor transcendente, livre, iluminado, divino, INCONDICIONAL enfim.
Boa sorte!
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